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Romances Medievais: As Inspirações de Cartas do Passado

Do mesmo jeito que fiz um post para falar de como a Carolyn Davidson me inspirou a deixar um pouco a Inglaterra e ir escrever um histórico sobre o EUA, resolvi falar das autoras que com certeza me influenciaram a investir uns 2 anos pesquisando e escrevendo um romance medieval.

Cartas do Passado levou um tempo para ficar pronto, não porque eu realmente gastei 24 meses escrevendo. Mas a ideia surgiu em 2010 e ficou um bom tempo na gaveta da minha mente porque eu precisava pesquisar muito mais para conseguir ambientar a história. Depois eu fiz o primeiro rascunho e disponibilizei uns 10 capítulos no meu antigo site de fanfics. Mas 2011 foi um ano péssimo para meu lado escritora. Fechei o site e escrevi muito pouco. Mas continuei pesquisando, até que em 2012 eu peguei Cartas do Passado com força, reeditei, consertei, revi toda a história e a pesquisa e no Natal de 2012 eu fechei o livro! Foi tipo um marco na minha vida, porque foi ao terminar essa história que eu decidi que estava na hora de por meus romances pra jogo na pista literária! HÁ!

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Na 1° vez que li Castelo de Ilusões eu nem gostei dele, achei a narrativa lenta demais em algumas partes. Depois, li de novo e notei tantas coisas novas que quando percebi, tinha terminado. Tenho relação dupla com ele. E com Coração Mercenário também, gosto mais do meio em diante.

E, depois desse samba todo, algumas autoras foram cruciais nisso. A maioria delas está na minha vida desde os 14 anos (um bebê! hahahaha).

Hannah Howell – É uma das que eu considero mais “nova”, pois já é da época capa amarela da Nova Cultural, sua série sobre a família Murray é obrigatória para as amantes de medievais. A Noiva das Terras Altas, O Senhor das Terras Altas, Refém da Sedução, Lendas da Paixão, entre outros, são livros que se passam entre 1318 e 1472. Todos são ambientados na Escócia, mas é o período medieval que mais gosto. Bem ali, saindo do horrendo século XIV e pegando o século XV, mas ainda sem entrar na Renascença na Inglaterra e Escócia.

Confesso que 1318 já é “antigo” demais para os meus gostos de escrita, mas não para o gosto de leitura. Mas tem autoras sensacionais entre os meus favoritos de todos os tempos que foram muuuito mais fundo!

Shari Anton – Aventureiro do Amor (1119). Cara, é muito período das trevas. Mesmo assim ela escreveu um livro fofo e leve. É da série dos Wilmont. Outro dela: Herdeiros da Paixão (1109): Típico livro de fuga medieval. Existem vários nesse estilo, esse é um dos mais legais. A Shari Anton tem livros medievais que valem muito a pena. Às vezes ela agarra na narrativa, acho que gosta de detalhes sobre percursos, mas até que leva bem. Proibidos pelo Passado, Por Decreto Real e O Conquistador são outros dela que merecem a leitura!

Julie TetelNoiva do Guerreiro: Impossível não ler esse livro! Se você adora um romance medieval precisa dele. Simon de Beresford (conhecido intimamente pelas leitoras como “Simon das Escadas”) foi um dos meus primeiros mocinhos medievais, isso lá em 1900 e bolinha. Acho que eu nem era madura o suficiente quando li isso e demorei a entender o negócio das escadas! (Reli depois, né gente hahahaha!). Eu também li My Lord Roland (em inglês) e o único outro dela na época medieval que conheço é Catherine of York. Acho que não tem nenhum dos dois lançados aqui no Brasil. Mas tem vários dela de outras épocas.

Margaret Moore – A saga dos guerreiros. Ai gente, são uns 15 livros. Eu não gosto de metade deles, mas em compensação os que eu gosto são tesouros. O Ultimo Desafio (1223) é sensacional. Se lembro bem são ambientados na Inglaterra, mas tem uns 2 ou 3 com viagem. E todos na idade média, seguindo uma linha cronológica, porque vai contando a história de personagens que vamos conhecendo ao longo das histórias. Minha relação com a Margaret é de amor e ódio. Ela tem uns dos piores romances medievais que já li na vida, mas também tem uns que amo de paixão. Mas para o assunto do post, são realmente todos ótimos.

Susan Spencer Paul – A Série Baldwin. Não acho todos dessa série maravilhosos e inesquecíveis, mas são imprescindíveis para uma boa amante de romances medievais. Dentro dessa série tem livros como Castelo de Ilusões (1405), classicão entre as leitoras. Coração Mercenário (1416) e Ladrão de Coração.

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Minha dupla dinâmica. Canção Ardente me fez pesquisar por dias por causa de um fato que enquanto escrevia eu lembrei de já ter lido em algum lugar. E tinha que ser justamente nesse livro! Problemático.

Deborah Simmons – Cara, eu podia fazer um post SÓ para ela. Meu primeiro medieval foi dela. Ela foi a responsável por me viciar, depois que passei pelos livros dela, não havia mais volta. A Esposa Virgem foi o meu primeiro medieval e aquele que eu reli quando quis voltar a mergulhar neles. É um dos melhores, claro que tem todo um significado para mim por ter sido o 1°. Mas Deborah foi a maior diva dos romances de época medieval que a Harlequin já publicou. Por causa desse livro até me apelidei de “lady de Laci” na adolescência! (HAHAHAHA). Dos irmãos de Laci, Bodas de Fogo que eu li um pouco depois é totalmente inesquecível! Piers de Montmorency é DIVO medieval! Fangirl do Cavaleiro Vermelho eternamente.

A Deborah faz parte do que eu chamo de tempos de ouro. Tem outros dela que me marcaram muito. A série dos De Burgh. Essa você pode ler todinha e guardar na estante. O Lobo Domado é lenda pura entre as leitoras! Até quem nem é muito fã dos medievais já se meteu com esse livro. Mas eu sei que tem outro empatado com ele, sem o mesmo glamour, mas muito amado: O Anel de Noivado. Oh, Geoffrey, seu fofo! Vem pentear o meu cabelo também! Depois desses dois não tem bem um consenso entre as leitoras. Mas eu gosto muito do Noviça de Burgh. Na série também tem Um Lorde para Amar (muito divertido com o irmão bêbado e a bruxa!), Coração de Guerreira (Ah se aquela árvore falasse!) e Uma Visita Inesperada (papai de Burgh). Recentemente lançaram o livro que faltava, O Cavaleiro Negro.

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Eu amooo Lendas da Paixão! Ô mocinha sofredora! E Meu Querido Guerreiro é hot!

Catherine Archer – Todos. Essa é minha autora guia, outra dos tempos de ouro. Pra mim não importa se ela não escreveu os livros que mais li ou que são mais citados. Ela provavelmente também não vai escrever os melhores livros que você leu. Mas a Catherine é aquela autora que fincou na minha mente uma espécie de guia de como seguir em um medieval. Se algum dia você ambiciona escrever um romance medieval, leia Catherine Archer como parte de sua pesquisa. Ela não vai te dizer como fazer nada, você vai precisar estudar, ler, pesquisar e perguntar do mesmo jeito. Mas pra mim, ela foi além da inspiração e paixão que a Deborah e muitas outras me deram. Eu gosto de dizer que a Catherine é aquela autora–professora, ao menos na minha visão de escritora.

Canção Ardente é um dos meus preferidos dela e sempre o primeiro que vem a minha mente quando me lembro dessa autora. Ele é muito bem escrito, extremamente bem pesquisado e ela soube usar tudo e colocar nesse romance que parece até despretensioso.

Os Veludos (Veludo Vermelho e Veludo AzulSérie Clayburn), também muito lembrado entre as leitoras. São mais leves, você segue pelo romance e pelo tema medieval quase sem sentir. No meio, mesmo se for uma novata no tema, já vai achar que espadas, cavalos, castelos, rei, mensageiro e outros costumes são coisas diárias de qualquer romance.

Também aconselho: Rosa Entre Espinhos, Um Amor Esquecido, A Dama da Floresta, Noiva do Outono, Noiva de Verão, O Aventureiro e a Dama, Um Nobre Amor, enfim, todos. É uma pena que ela escreveu poucos livros (15) e parou. Sim, ela parou de publicar, para minha total tristeza. Espero que volte logo.

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Meu Feitiço do Oriente está tão novooo que eu tenho até pena de pegar! O amassadinho até foi culpa minha da época negra da juventude quando eu jogava os livros na bolsa de qualquer jeito (falou a senhora, né! hahahaha)

Julie Garwood – Ficou aqui no finzinho, mas não estou indo por ondem de preferência. E essa autora é obrigatória! Tem vários livros lançados no Brasil em formato de livraria! Conheço muitas leitoras que fazem loucuras pelos livros dela. A Noiva do Guerreiro é divertidíssimo e Shadow Music (acho que aqui saiu com o nome: Música das Sombras) é o maior sucesso dela. Bom é que no formato de livraria eles vieram bem fiéis na tradução.

O post já está imenso, então vou encurtar por aqui. Depois faço uma parte II, mas para não deixar de citar, tem algumas autoras que também tiveram uma presença marcante pra mim: Lyn Stone, Claire Delacroix (gente, o que é Sortilégio do Amor?!), Anna Seymour (Um Lorde Irresistível!), Margo Maguire (A Princesa Celta), Bertrice Small (Love, Wild and Fair. – Essa autora é problemática, eu preciso entrar numa discussão sobre essa pessoa. Não é possível que eu seja a única que ache que a Bertrice toma umas quando escreve aqueles romance maravilhosos e de dar nos nervos de qualquer mortal. Eu, já leitora batizada, fico chocada com Bertrice. Ela não cansa, não? Termino os livros emocionalmente abalada, não quero ler nada por uns dias).

Ai, confesso que botei minha estante abaixo pra fazer esse post, depois cansei e rolou altas pesquisas a estante no Skoob que obviamente eu nunca terminei de completar! ;P

Mas e vocês que também adoram um medieval. Quais autoras vocês têm para indicar a minha estante e para lembrar minha mente mega esquecida de por na parte II do post?